Madre,
dores
opressões
violências
humilhações
- às juro,
machismo
patriarcado
NÃO PASSARÃO!
Madres,
latinas
sem terra
camponesas
indígenas
faveladas
operárias
assalariadas
terceirizadas
subalternizadas
A LUTA NOS EMANCIPARÃO!
Madre
minha mainha,
aguentai minhas ausências
me encontre
te encontro
na luta do povo,
além de ti,
minha única razão de existência
É POR AMOR A TI A LIBERTAÇÃO!
Madre-pátria
Madre-rebeldia
Madre-revolução,
pelo sangue de teu ventre
por suas vida
pelos filhos que se vão
e as inúmeras dores
que machucam seu coração...
Extirparemos esse capital-patriarcal
e construiremos o mais digno do presentes
- um mundo sem nenhum tipo de opressão!
As dores se converterão em flores,
os campos e as cidades, abraçarão teus ninás..,
se sentirás aliviadas,
não mais: o peso da casa e do mundo nas costas!
O mundo será digno para as mães.
MÁTRIA OU MORTE, VENCEREMOS!
Devaneios Insurgentes
"Na luta de classes todas as armas são boas: pedras, noites, poemas." (Leminski)
domingo, 10 de maio de 2015
segunda-feira, 13 de abril de 2015
un latinoamericano no muere
un latinoamericano no muere,
(re)nasce:
em fileiras que marcham
estrelas que brilham
nos ninguéns que suam
e utopias dos que se desafiam tecer novos dias.
- hasta siempre
Che,
Simon Bolívar, Sandino, Zapata!
un latinoamericano no muere,
denuncia:
as veias abertas
as contradições/opressões do capitalismo-neoliberal-patriarcal
o massacre dos nossos povos
a violência no campo, becos, vielas...
o choro das crianças que vem e vão-se.
- hasta siempre
lutadores de Eldorado, Eduardo
de Jesus, Cláudia Silva Ferreira, Vanessinha!
un latino-americano no muere,
levanta-te:
con las mujeres estupradas, violentadas, mercantilizadas...
que engrossam as barricadas e na luta tornam-se,
e trilham os áridos caminhos rumo a emancipação...
- hasta siempre
Marias,
Frida, Margarida Alves, Dandara, Aydée Santamaria, Zeferinas...!
un latinoamericano no muere,
sangra!
nas veias que pulsam e não cicatrizaram,
com imperialismo que invade (insiste)
com o povo que não cessa (resiste)
nas madrugadas que erguem-se ocupações
e os dias forjam-se
[em organização-mobilização-(re)educação],
como gênero de tudo que impede
a comunidade, convivência igualitária e solidariedade entre os povos.
- hasta siempre
Camilo
Cinfuegos, Carlos Mariguella, Hugo Chávez, Roseli Nunes..!
un latinoamericano no muere nunca,
anuncia:
la unidad de Latina America,
a (re)afirmação de nossas histórias,
a memória de nuestros pueblos oprimidos
[indígena, negro, camponês, proletariado]!
.
.
.
celebra:
cada revolução como se fosse sua
no abraço e reconhecimento de cada vitória,
nos acertos, nos erros, nas contradições...
na utopia que faz caminhar.
com esse pueblo de carne e osso,
pés e mãos calejadas,
de várias cores, amores e ternura.
e queimam-se ante sul e sol
e ardem sob sul e sol
SO-CI-A-LIS-MO!
hasta siempre
Eduardo
Galeano!
quarta-feira, 4 de março de 2015
eu Frida,
tu Fridas
nós Fridaamamos
(em arte, sororidade e sonhos).
vós espereis,
elas vencerão
por que sem mulher, não há revolução!
eles - os machistas - combatidos serão.
e mulheres nos tornamos na luta contra opressão!
Frida não viveu em vão!
a revolução será feminista, ou não será: ATENÇÃO!
sem feminismo, não há socialismo!
dei-nos as mãos:
nos olhe dentro dos olhos,
não interrompam ou refaçam nossas falações!
se desafiem a superar seus privilégios,
e sucumbamos juntas e juntos:
o capitalismo-neoliberal-racista-patriarcal.
as bandeiras vermelhas e lilases hasteadas serão,
salve Clara Zetkin, Kollontai, Roses, Rosas e Margaridas,
Mulheres, nossa luta é dupla e permanente, por uma nova vida seguimos, en-frente!
(Jailma, Março de 2015)
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DEVANEIOS DO MEU SENTIR,
FEMINISMO INSURGENTE
domingo, 4 de janeiro de 2015
Pra ser um conto das mulheres
É fim de tarde, primeiros dias da recontagem do tempo. Tempo, tempo,
tempo! Palavra imbricada na vida, que, por vezes, é a única razão. Em muitos
lugares desse Brasil há fora, há pessoas que não estão bem, e de forma
singular, mulheres que não vivem bem, ou nem vivem.
Alternam-se entre as (in)constâncias, (in)seguranças, (in)definições e
tantos outros sentimentos e sensações, permeadas entre fixa debilidade da terra
e carência do mar.
Mães, filhas, avós... amigas, companheiras, deserdadas da terra, filhas
das putas, filhas das ruas... mulheres, que olham para vida, e sua única culpa
é, dolorosamente, serem mulher.
Muitas mul-heres.
Sofrem das mesmas condições, doações, ilusões... Marias Margaridas,
ferem-se.
Roses, Rosas, alimentam a casa, a nação e tesão do maridão (sem gozar),
mas para não ser culpada de procurar outras na contramão.
.
.
.
Até quando, Marias? Não aguentamos mais essas agonias, psius,
disponibilidades e vida vão.
Resistimos, transgredimos, como putas somos tratadas, em “carne viva”
estão nossos braços que se movimentam, e sangram nossos corações.
(Era para ser um conto sobre mulheres, mas é realidade.)
(Era para ser um conto sobre mulheres, mas é realidade.)
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DEVANEIOS DO MEU SENTIR,
FEMINISMO INSURGENTE
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
En-frente
en-frente,
nosso sertão tá quente
o sol está renitente
e a primavera é
a-tra-ente.
por aqui só há verão
e inverno [nem sempre],
mas nosso coração é valente
e pra nós a luta
é estação permanente!
os próximos ciclos históricos
nos exigirá disciplina consciente,
vamos em frente companheira
[liberta-se das panelas, seu lugar é com
a gente],
não desanime companheiro,
prepararemos as condições para
o ascenso das massas,
nossa tarefa tem que ser incansavelmente.
a conjuntura é cruel,
mas o Projeto Popular é nossa estratégia,
não podemos tirar de mente!
no nosso horizonte haverá flores
forjadas de sangue e suor do nosso POVO!
mesmo que pareça distante
nossa utopia já se faz presente,
morremos com a suplantação do velho
[mundo]
di-ar-i-a-mente
e nascemos com o que nos torna
novos homens e mulheres.
nossa mística é nosso pão,
o capitalismo neoliberal não entende
lutaremos até o fim,
um mundo melhor ficará para nossos
descendentes.
(Jailma, 12/10/14)
sábado, 9 de agosto de 2014
Sábados
ás vezes, amargos
malgrados
as utopias respiram
em meio as pedras
e mãos calejadas.
ás vezes, festivos
inspiram
a delícia de existir
muito embora
o capital-neoliberal persistir,
a alegria insiste em
resistir.
ás vezes, solitários
para mulheres, homens e
crianças
que esperam () ausente
arrancad()s pelos golpes
do sistema
em um país
que aprisiona a Memória
e
ensurdecid()s não ouvem
- MÉMORIA, VERDADE,
JUSTIÇA!
ás vezes, de reflexão
as desigualdades
da luta de classes doem
as ofensivas nos massacram
os cheiros dos
horizontes
ficam
mais difícil de ser aspirada
pelas ventas
contaminadas
e não sentidos pelos
poros...
para percamos de vista nossas causa.
ás vezes, agoniantes
estuda-se,
pensa-se,
silencia-se,
-------------
ou tenta-se
parir
qualquer coisa
que lembre
poesia.
sábados...
mas em algum dia de sábado,
haveremos de derrubar as
muralhas
tudo passará a ser válido
[menos o lucro sob a
vida],
e o povo viverá sem patrão.
(Jailma, 09/08/14)
*Em dias sei lá...
sexta-feira, 18 de julho de 2014
Companheiro
(ao companheiro Ciço)
que no caminho da liberdade,
não falte flores, poesia e mística...
insurgente, sonhador,
e capaz de estremecer de pé
com
coerência comprometida e ternura companheira.
um novo horizonte é
nossa utopia
e a imersão na dialética capitalista
neoliberal,
não há de ser capaz de
tocar seu brilho nos olhos,
desafiado
pelas conjunturas e contradições,
forjada entre trincheiras
e angústias.
em tempos de
desfalecimento de futuro
a história não livra nem nossos
espaços de luta,
e nas trilhas da liberdade
nos
encontramos na mediação com outro
na
busca de algo que possa ser novo.
nossas
veias abertas pulsam
em sangue indígena, quilombola e
camponês,
na diversidade e
pluralidade latina
que sugere que outras cores sempre hão
de brilhar,
onde
estiver a bandeira do Projeto Popular.
a História
há de triunfar, nós vamos ganhar
o tintilar da foice e do martelo
que avança será música da marcha
de quem fez e faz
caminho
nas ladeiras, becos, vielas...
haveremos
de curtir o carnaval.
e
nesta intensa construção
a teima em SER gente SENDO povo
não abramos mão,
força na vida-luta-caminhada
desejo-te
ver sempre lutando
foice e martelo, sempre
avançando.
(Jai, 02 de Março
de 2014)
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